Ouça agora

Destaques

Mundo

Compartilhe agora

Camada de ozônio está se recuperando e restaurando circulação de ventos

Postado em 30/03/2020 por

Feature image

*Fonte imagem : 76e8854fc80e39cc05a27030a7090328*


Tecnomundo

Em meio à enxurrada de más notícias dos últimos dias, eis que temos boas novas para compartilhar! Um levantamento apontou que a camada de ozônio está se recuperando e regenerando a circulação de ventos por todo o planeta, em especial no Hemisfério Sul, e a restauração parece estar associada às medidas acordadas e postas em ação a partir da assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987.

Regeneração

O Protocolo de Montreal estabeleceu as diretrizes para frear a fabricação e uso de agentes associados com a destruição da camada de ozônio que envolve o planeta, entre eles os clorofluorocarbonetos – substâncias conhecidas popularmente como CFCs. Já no início dos anos 2000, se registrou uma queda significativa nas concentrações desses materiais na atmosfera, assim como o início da recuperação da camada de ozônio em escala global e da redução do colossal “buraco” que existia nela sobre a Antártida.

Agora, o levantamento apresentado apontou que, na mesma época, o impacto na circulação dos ventos registrado em decorrência das alterações na atmosfera provocadas pelo uso de substâncias envolvidas na rarefação da camada de ozônio começou a se normalizar. Mais precisamente, se notou uma pausa na migração de correntes de ar em direção aos polos terrestres e inclusive uma reversão em algumas das anomalias nos padrões de ventos que vinham sedo registradas até então.

Sinais de regeneração

Sinais de regeneração

Fonte:  Good News Network / Reprodução 

Só para você entender melhor a importância desse resultado, você já deve ter ouvido falar de correntes de ar conhecidas como “correntes de jato”, certo? Elas circulam a grandes altitudes e velocidade entre a troposfera e a estratosfera e fluem em direção aos polos. Pois, por conta da rarefação da camada de ozônio, essas correntes haviam começado a circular mais ao sul do que o normal no nosso hemisfério, afetando, com isso, os padrões de chuva – e possivelmente até os de correntes oceânicas, interferindo, por sua vez, no clima.

O que o levantamento mostrou foi que, pouco mais de 1 década depois de o Protocolo de Montreal entrar em vigor, o deslocamento das correntes de jato parou – e inclusive sofreu reversão em alguns pontos –, mostrando que o esforço conjunto e o compromisso global de parar com a fabricação e emissão de substâncias prejudiciais para a camada de ozônio rendeu excelentes frutos.

Mas, apesar de o resultado do estudo merecer ser celebrado, é importante mencionar que as emissões de gases de efeito estufa continuam sendo um sério problema. Ademais, nos últimos anos, foi detectado um aumento na emissão de outros materiais associados com a rarefação da camada de ozônio, especialmente na China, algo que pode afetar a reversão das correntes aos padrões normais e, na pior das hipóteses, voltar a empurrá-las em direção aos polos.

Tecnomundo

Link da Notícia

Deixe um comentário

Ao enviar um comentário você concorda com nossas politicias de comentários, saiba no link ao lado. política de comentários

cinco × 2 =