Segurança
Acidente aéreo da Chapecoense completa 5 anos: famílias seguem aguardando respostas
Postado em 30/11/2021 por Redação Rádio Nova Onda
*Fonte imagem : Da Redação*
O dia 29 de novembro é memorável pelo acidente aéreo que marcou para sempre a história do futebol brasileiro. Há exatos 5 anos, o avião que transportava a delegação da Chapecoense para a cidade de La Únion, na Colombia, para disputar a final da Copa Sulamericana, caiu e vitimou 71 pessoas envolvendo jogadores, funcionários, convidados e jornalistas.
O lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto e o goleiro Follmannm, que precisou amputar a perna, foram os únicos atletas sobreviventes. Além deles, sobreviveram o jornalista Rafael Henzel – que morreu em 2019, após um infarto fulminante – e os dois integrantes da tripulação: Erwin Tumiri e Ximena Suárez.
Embora alguns passos tenham sido dados após o acidente, nada foi resolvido.
A CPI da Chapecoense, que apura os responsáveis pela tragédia e as condições das famílias das vítimas, estava parada há cerca de um ano e dez meses, retomou o trabalho no último dia 18. Desde então, houve duas sessões.
A principal delas contou com o depoimento da boliviana Celia Monasterio Casteldo, responsável por autorizar o voo. Presa em setembro pela Polícia Federal no Mato Grosso do Sul, onde estava foragida da Justiça de seu país, a mesma culpou a Aeronáutica da Bolívia por permitir a decolagem do avião mesmo com a apólice do seguro irregular e um plano de voo “inconsistente”.
O relatório a ser elaborado pela comissão pode subsidiar outros processos que correm em paralelo em outros quatro países. Os principais alvos são a seguradora britânica Tokio Marine, a resseguradora boliviana Bisa, a corretora britânica AON e a companhia aérea boliviana LaMia.
No Brasil, tramita uma ação civil proposta em 2019 pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina contra todas as seguradoras e corretoras envolvidas. Também há ações na Colômbia, contra o órgão regulador da aviação civil; na Bolívia, considerada mais complexa por ser criminal; na Inglaterra, onde seis famílias miram a AON, cuja sede é no país; e nos Estados Unidos, que está em fase de coleta de provas e análise de documentos.
A Justiça americana estabeleceu no ano passado uma indenização de US$ 844 milhões — cerca de R$ 4,8 bilhões em valores da época — a familiares de vítimas. A decisão ainda não obriga o pagamento do valor. O processo só deve avançar no segundo semestre de 2022.
Fonte: Da Redação.