Morre Gildinho, fundador de Os Monarcas

Publicado em 13/01/2025 por Rádio Nova Onda FM

Notícias do Estado

O artista lutava contra o câncer havia duas décadas.

Fonte: Redes Sociais

O Rio Grande do Sul perdeu neste sábado (11) um dos principais nomes do nativismo gaúcho. O cantor, gaiteiro e compositor Gildinho morreu no fim da tarde desse sábado (11), aos 83 anos, vítima de câncer.

Nésio Alves Corrêa – seu nome de batismo – era natural de Soledade (Noroeste gaúcho) e crescido em Erechim. Ele lutava contra a doença havia duas décadas. Ele recebeu inicialmente um diagnóstico de tumor de tireoide, que ao longo dos anos teria períodos de recidiva e remissão, até ser internado em novembro passado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, com dores e hemorragia. O câncer havia retornado, na forma de metástases. Gildinho deixa duas filhas.

Ele se notabilizou como cofundador do grupo Os Monarcas, em atividade desde 1974.

O protagonismo cultural de Gildinho motivou uma série de reconhecimentos oficiais ao longo da carreira, incluindo quatro troféus Açorianos (promovido pela Secretaria Municipal da Cultura da Capital), um prêmio Sharp (de abrangência nacional) e a Medalha do Mérito Farroupilha, concedida pela Assembleia Legislativa. Também foi patrono da Semana Farroupilha.

Trajetória

Os Monarcas surgiram em 1974. Antes, Gildinho e o irmão Chiquito (Francisco Desidério Alves Correa) atuavam como dupla em Erechim e região desde 1967, animando pequenos bailes na região e apresentando na Rádio Erechim o programa diário “Assim Canta o Rio Grande”.

Em 1969 veio o primeiro disco, 0 compacto duplo “Os Trovadores do Sul”, de pouca repercussão. O segundo álbum, “Galpão em Festa”, seria lançado só em 1974. Nesse mesmo ano, os manos se uniram aos músicos João Argenir dos Santos (guitarra), Luiz Carlos Lanfredi (contrabaixo) e Nelson Falkembach (bateria), criando Os Monarcas.

A dupla se mantinha ativa, em paralelo ao conjunto, e ainda gravaria um terceiro disco, em 1976. O sucesso dos Monarcas também motivaria o quinteto a entrar em estúdio, estreando no mercado fonográfico com o LP “O Valentão Bombachudo”, em 1978. Dali em diante, com mudanças em sua formação, teria mais 26 títulos, consolidando-se como um dos principais e mais populares nomes da música nativista. Gildinho também lançou discos como artista solo, atualmente disponíveis em plataformas digitais de música como o Spotify.

Fonte(s): AuOnline